Pertencimento
Depois de mais um dia de saudades das minhas pessoas queridas, que estão distantes pelo isolamento social por causa da pandemia, sentia-me com um vazio adicional no peito, com a percepção de certa ausência espalhada pela casa, como se esperasse a chegada de alguém, até que me dei conta: era a saudade de Bibiana e Belonísia!
Ao anoitecer ao longo da última semana, havia me habituado a encontrá-las na leitura do romance Torto Arado, do autor baiano Itamar Vieira Junior, e suas histórias e personalidades haviam se tornado parte da minha vida e das conversas com Thalma, que lia o mesmo livro no kindle.
Terminada a leitura há uns dias, motivados por esta saudade de Bibiana, Belonísia, Salu e a Santa Rita Pescadeira, algumas das personagens do Brasil profundo resgatado pelo autor, fomos ver sua entrevista no Roda Viva, que revela uma pessoa serena, esperançosa e coerente, com muito mais a nos dizer nos próximos livros que nos promete.
Torto Arado, além de ser uma denúncia da exploração dos negros pela sociedade que construímos a partir da escravidão, resgata valores fundamentais à nossa humanidade, como a necessidade do pertencimento a uma comunidade, das ligações íntimas que a visão de mundo compartilhada propicia àqueles que desfrutam de uma mesma crença religiosa, da necessidade da terra como elemento de ligação coletiva para a sobrevivência física e para a identidade dos povos quilombolas.
Sem camisa verde amarela, tornei-me um pouco mais brasileiro nas páginas de Torto Arado.
Vou ter que reler, para matar as saudades de Bibiana e Belonísia.
Ao anoitecer ao longo da última semana, havia me habituado a encontrá-las na leitura do romance Torto Arado, do autor baiano Itamar Vieira Junior, e suas histórias e personalidades haviam se tornado parte da minha vida e das conversas com Thalma, que lia o mesmo livro no kindle.
Terminada a leitura há uns dias, motivados por esta saudade de Bibiana, Belonísia, Salu e a Santa Rita Pescadeira, algumas das personagens do Brasil profundo resgatado pelo autor, fomos ver sua entrevista no Roda Viva, que revela uma pessoa serena, esperançosa e coerente, com muito mais a nos dizer nos próximos livros que nos promete.
Torto Arado, além de ser uma denúncia da exploração dos negros pela sociedade que construímos a partir da escravidão, resgata valores fundamentais à nossa humanidade, como a necessidade do pertencimento a uma comunidade, das ligações íntimas que a visão de mundo compartilhada propicia àqueles que desfrutam de uma mesma crença religiosa, da necessidade da terra como elemento de ligação coletiva para a sobrevivência física e para a identidade dos povos quilombolas.
Sem camisa verde amarela, tornei-me um pouco mais brasileiro nas páginas de Torto Arado.
Vou ter que reler, para matar as saudades de Bibiana e Belonísia.
Eu tinha ouvido falar, agora, com seu depoimento, estou ansioso para ler o Torto Arado.
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