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Mostrando postagens de maio, 2015
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Cartum pode ser pendurado na parede?

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Estive recentemente em Florianópolis, terra natal da Thalma, onde visitamos sua tia Graça e na sua casa encontrei estes dois desenhos (acima e abaixo) pendurados na sua sala. Um é de 1975 e outro de 1977 e não me lembrava deles.  Curiosamente, em minha própria casa não tenho cartuns emoldurados na parede. Na verdade, cartunista não é exatamente um artista plástico. Por exemplo, realizei minha primeira exposição de desenhos em Florianópolis, sob a organização de meu saudoso sogro Sálvio de Oliveira. Ele administrava uma galeria de arte e, seguindo sua orientação, procurei fazer algo que fosse menos cartum e mais artes plásticas. Criei uma série de desenhos a partir de uma espiral desenhada livremente sobre o papel, sobre a qual desenvolvia o restante dos desenhos, geralmente mulheres em diferentes poses, para os quais Sálvio inventou títulos divertidos como: “Tias, doces tias, o que quereis ainda? ”.  Dois anos depois ele promoveu outra exposição com alguns desenhos qu

Bruno Duque: arte quase em erupção.

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Fui ver a abertura da exposição de pinturas e audiovisuais do Bruno Duque, um talentoso artista visual, na Galeria Mama/Cadela ( ver endereço ), no Bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte. Conheço Bruno desde menino, pois é filho da amiga e artista plástica Canuta, e sempre admirei sua criatividade e espírito inquieto. Adulto, Bruno andou vivendo pela República Tcheca e Espanha, antes de encarar um mestrado em arte e tecnologia em Brasília.  As duas pinturas acima são de exposições anteriores, que revelam muito sobre o que anda pelas sombras da alma de artista do Bruno, mesmo quando ele explode em luzes coloridas em suas pinturas recentes. No momento, sua pesquisa de futuros possíveis consiste em alterar trabalhos de pintores famosos, como na tela abaixo, em que ele transformou um dos trabalhos do norte americano Kenneth Noolan.  Torço para que venham novos abalos sísmicos ainda mais fortes na arte do Bruno, permiti
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Chuva de canivete

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Cartunista de 66 anos se comunica com crianças de 9?

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Hoje estive na Escola Maple Bear de Belo Horizonte para falar de cartuns e quadrinhos a pedido do professor de arte e colega cartunista André. Conversei com um grupo interessado de crianças em torno dos nove anos de idade, entre elas minha neta Alice, sobre tirinhas, quadrinhos, charge, cartum e caricatura, como me pediram. Primeiro, mostrei às crianças alguns quadrinhos, seis tirinhas do personagem Telinho, selecionadas ontem entre cerca de 700 publicadas na década de oitenta no jornal O Globo do Rio de Janeiro.  Aparentemente, as crianças entenderam e acharam engraçadas as tiras que reproduzo abaixo, mas elas não interpretaram as tiras como crítica, mas simplesmente como engraçadas, reforçando minha impressão de que há uma distância entre a intenção do cartunista e a percepção do espectador de outra geração. Depois mostrei a charge abaixo, sobre o desabamento de um viaduto em Belo Horizonte. Embora as crianças tenham compreendido que o viaduto desabou sobre um caro e s

O cartunista e o médico

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Ontem postei minha charge de 1993 sobre as chacinas cometidas por policiais militares e a defesa da liberdade de expressão que a reitora da UFMG, Vanessa Guimarães, fez naquela época. Em 2015, vinte e dois anos depois da corajosa defesa da reitora, ao enviar esta charge para o Jornal da Associação Médica de Minas Gerais, trabalho que vinha realizando de forma ininterrupta há 12 anos, fui informado por telefone pelo presidente da AMMG que não a publicaria porque ela contrariava a orientação atual da diretoria sobre o tema da gestão médica. Lembrei que nas gestões anteriores da AMMG eu fora convidado a ocupar um espaço editorial com minhas charges sobre temas relacionados à medicina e à saúde, quando me foi assegurada a liberdade de opinião, inclusive com a observação explícita nos créditos do jornal de que minhas charges não refletiriam obrigatoriamente a opinião da diretoria da AMMG ou do Jornal da AMMG. Por mais de uma década, eu vinha trabalhando no

A reitora e o coronel

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Esta charge foi publicada em 1993 no Diário Popular, em São Paulo, depois de uma série de chacinas, nas quais os suspeitos eram policiais militares daquele estado. O desenho foi reproduzido em outras publicações, inclusive no jornal dirigido pelo Herbert de Souza, o Betinho, irmão do Henfil, chamado Ação da Cidadania Contra a Miséria e pela Vida. A charge foi também republicada no Boletim da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o qual colaborei durante mais de dez anos. O Boletim da UFMG era de distribuição gratuita entre as pessoas da comunidade universitária, mas também era enviado a diversas autoridades e instituições brasileiras, entre elas o Congresso, a Presidência da República, etc. e também para o Comando da Polícia Militar de Minas Gerais. Indignados, representantes do Comando da PM procuraram a reitora da UFMG, professora Vanessa Guimarães Pinto (1990-1994), exigindo minha demissão ou punição exemplar pela crítica à PM mineira. A professora Vanessa, em

Uma charge de 1994 e a campanha do PSDB

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Interessante notar a semelhança entre a campanha do PSDB lançada nesta semana, na qual um garçom se aproxima para cobrar do espectador a conta da farra que os petistas fazem num bar, e uma charge que publiquei no Diário Popular de São Paulo, em 1994, quando o presidente Itamar Franco (dentro do restaurante) manda também o garçom cobrar do trabalhador a conta dos seus gastos no restaurante francês.
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Caverna de Platão

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Desenho feito com minha neta Alice, que perguntara à Thalma o que ela estava lendo. Thalma mostrou que era um livro sobre Platão e comentou sobre a metáfora da Caverna. Alice e eu desenvolvemos o desenho enquanto ela se divertia com os recursos do computador.

Gerações entendem um cartum diferentemente

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O entendimento e o alvo da crítica de um cartum podem ter interpretações diferentes conforme o momento histórico.  Quando desenhei este cartum, que recebeu o troféu de prata no XVII Salão Carioca de Humor (2006), tinha absoluta certeza de que a minha intenção de denunciar a discriminação racial na sociedade, - no cartum representada pela natação, - esporte onde, de fato, são raros os atletas negros de destaque, - seria compreendida pelos membros do júri – o que aconteceu.  Mas eu também acreditava que qualquer pessoa que visse o cartum em qualquer época o entenderia da mesma maneira, o que, para meu aprendizado, não se confirmou.   Durante uma exposição de desenhos meus na Faculdade de Medicina da UFMG (2010), observei alguns jovens nascidos provavelmente na década de 90 que entenderam que o cartum da piscina debochava do menino negro e, surpreso, constatei que eles estavam achando graça... – da vítima!  Depois, durante uma palestra proferida na Clínica Psiquiátrica do In

O traço da cultura

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Este é um dos desenhos que fiz para o livro "O traço da Cultura", mais uma publicação do Ernesto Rodrigues, meu querido irmão, jornalista e escritor, que foi ombudsman da TV Cultura por dois anos e relata neste instigante livro suas experiências e reflexões. Lançado em 2014 pela Editora PUC-Rio e Editora Reflexão de São Paulo. Quem desejar um exemplar clicar em: O Traço da Cultura
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Big Hiro: como eu e Ana vimos vimos o desenho

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