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Mostrando postagens de janeiro, 2023

Lula leva esperança aos Yanomami

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  Neste final de semana, Lula e diversas autoridades de seu governo estiveram em Roraima, para tentar ajudar os Yanomami, que estão morrendo de fome e doenças, duas tragédias causadas por garimpeiros, madeireiros e grandes fazendeiros que invadiram suas terras. Quem votou em Lula pode ter um pouco mais de esperança de que o Estado de Emergência, decretado agora em Roraima, venha salvar estas vidas humanas vulneráveis e criar condições para que a invasão das terras indígenas, o desmatamento e a destruição da Amazônia sejam revertidos. São muitas as forças destrutivas contra os povos indígenas, incluindo a ausência de assistência médica  nos últimos anos . Eles eram atendidos por médicas e médicos cubanos, no Programa Mais Médicos, mas o governo Bolsonaro, sob pressão direta do Conselho Federal de Medicina, mandou embora do Brasil milhares de médicas e médicos sem nunca ter suprido essa falta. Além disso, os povos indígenas, como toda a população brasileira, são vítimas diretas do sucate

Democracia acima de todos

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GLO PISTAS

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Pornochanchada... Nessa hora?

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  O amigo (e colega da UFMG) professor Bernardo Jefferson de Oliveira convidou-me para o pré-lançamento do filme “O país da pornochanchada”, de Adolfo Lachtermacher , às 19 horas nesta próxima terça 17/01 no cine Santa Teresa em Belo Horizonte. Minha primeira reação foi de dúvida, em meio ao estado de humor abismado que tenho vivido desde a última tentativa de golpe bolsonarista, no domingo passado: - filme sobre pornochanchada? Nessa hora? Tenho andado assustado com a revelação da trama preparatória para a anulação da eleição de Lula e as evidências sugerindo que houve apoio à invasão criminosa da Praça dos Três Poderes do lado de dentro dos quarteis, que permanecem em silêncio. Seria um silêncio apropriado à sua conformação obrigatória à nova ordem? Ou um silêncio de rancor e ódio em fermentação? Ou um silêncio envergonhado diante das cenas de porco-chanchada filmadas pelos próprios atores, fãs alucinados e paus-mandados das gloriosas forças armadas no ataque reprimido rapidamente pe

Dr. Lula

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  (atenção estômagos sensíveis, este texto contém coisas nojentas) Durante o ataque à democracia que sofremos no último domingo fui envolvido por uma angústia crescente e profunda diante do risco de um golpe militar disparado com o argumento de controle do caos. A ansiedade não me permitia sequer permanecer sentado diante das imagens assustadoras exibidas na TV, de onde não conseguia tirar os olhos. À medida que o governo Lula foi assumindo o controle da situação e os bolsonaristas foram evacuados da Praça dos Três Poderes e presos, comecei a sentir o alívio que todos conhecem quando um abscesso se esvazia depois de um tempo de inflamação e dor progressiva. Nós, médicos, somos tentados a usar metáforas envolvendo coisas de nossa profissão. Outro dia, numa crônica sobre o livro de Leonardo Padura “ O homem que amava os cachorros ” escrevi que diante dos crimes cometidos pelos stalinistas  restou-me um sentimento de estoica esperança, uma esperança do tipo daquela que existe diante de um

O poder pode podar o poder?

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72 horas de governo!

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Criei a charge acima a partir do texto abaixo:     O esgotamento do fiscalismo à brasileira Monica de Bolle (Carioca de 48 anos, PHD em Economia, vive em Washington, Leciona na John Hopkins University) Hoje é dia 4 de janeiro. Estamos no 3° dia do novo governo. No 3° dia já há gente dizendo q tudo está sendo feito de forma errada na economia "apesar da herança de Bolsonaro". Para quem tem o privilégio e, muitas vezes, o desprazer, de observar o Brasil de "longe", os alardes soam absurdos. Como é possível estar tudo errado na economia no 3° dia de um governo? Como é possível fazer tais afirmações taxativas sem q existam outras intenções? Existem outras intenções. Há alertas e críticas q são feitos para o bem do País, mas ñ esses. Esses pretendem apenas continuar a ocultar aquilo q se torna cada vez + visível para a população: o fiscalismo é tão somente defesa de interesses por intermédio do uso de falácias econômicas. As falácias ainda são facilmente engoli

AppliCativos

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Entreouvido de dois motobóis que quase se chocaram na esquina próxima à minha casa: - Devagar, aí, cara! Tá querendo ficar rico? - Uai, tô! ... Cê não? - E tem chance? Eu já tava no vermelho antes de nascer, amigo... – Peguei com Jesus, irmão, tô na fé! – Ixxe! Não tenho nem pro dizm... – Então, fui! O motobói apressado acelerou empinando a roda da frente e alguns metros adiante foi abalroado por um carro que atravessava o mesmo cruzamento. Esparramou-se no asfalto, mas logo se levantou, zonzo, pegou o capacete e tentou erguer a moto. O dono do carro aproximou-se apavorado, celular na mão, oferecendo para chamar o resgate. O outro motoqueiro viu que os estragos eram de pouca gravidade e retomou seu caminho para entregar o sanduíche e o refrigerante solicitados pelo aplicativo, pelos quais iria receber, se nada mais de ruim lhe acontecesse, um dólar e cinquenta centavos. Lor PS: O desenho acima foi publicado na última edição da  revista Griffo   sem o texto e seu título

O homem que amava os cachorros - e a cadelinha Resistência

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Pensei em me aposentar de tudo relacionado à política ao terminar de ler o livro de Leonardo Padura “ O homem que amava os cachorros ”. Três coisas mudaram minha decisão: as conversas com pessoas queridas, um poema de Maiakovski - cantado pela Gal Costa - e a cadelinha Resistência, que subiu a rampa do Palácio do Planalto com Lula, ontem. O romance de Padura, baseado em fatos, fez-me sentir profundamente velho e desiludido com a humanidade, sentimento este compartilhado com um dos personagens do livro nos seus 58 anos, o líder comunista Liev Davidovitch, o Trotsky, depois de quase uma década de exílio forçado pelos stalinistas, segundo nos relata o escritor cubano. Como sabem aqueles que estudaram um pouco de História, Trotsky foi assassinado no México, em 1940, por Ramón Mercader, um jovem espanhol comunista que foi recrutado durante a Guerra Civil Espanhola para se tornar agente secreto a serviço de Stalin, o ditador que dominou a união soviética - e os partidos comunistas em todo o