Imoralidades fundamentais (não, não vou falar do Temer)
Recebi outro dia um e-mail do escritor Fábio Leite: Meu caro Lor, veio-me uma ideia que não consegui transformar em palavras, só em imagem. É sobre essa onda de conservadorismo, caretice e intolerância que estamos vivendo. Algo assim: um homem e uma mulher (casal) que ignoram/desprezam uma mulher pedinte, sentada num canto da calçada, com criança no colo, e ficam ofendidos e chocados ao ver dois homens (ou duas mulheres) andando de mãos dadas. Não sei se é muito sutil ou mesmo se não é plágio involuntário, mas se te interessar, fique à vontade. Um abraço, Fábio.
Prometi fazê-lo e cumpri, com o desenho acima. Enquanto desenhava, minha memória voltou-se para o ano de 1981, quando participei do Salão de Humor de Montreal com o desenho abaixo.
Prometi fazê-lo e cumpri, com o desenho acima. Enquanto desenhava, minha memória voltou-se para o ano de 1981, quando participei do Salão de Humor de Montreal com o desenho abaixo.
A estrutura de humor é semelhante entre os dois desenhos, mas a imoralidade criticada na época era a falta de liberdade, ingrediente indispensável à ditadura militar brasileira que ainda existia para acobertar e propiciar, aliás sua primeira finalidade, a maior de todas as imoralidades que é a desigualdade social.
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