Não espere muito do fim do mundo
Achei espirituoso e relaxante esse título do filme romeno exibido
na Europa em 2024 (ver
aqui). Não vi o filme ainda, mas o título em si me fez pensar sobre o que
ando esperando para o próximo ano, o que, por sua vez, sugere que minha
intuição é de que o tal fim estaria próximo.
Claro, estou pensando na ascensão dos Trump, crise climática
e ameaça nuclear, que, combinados, ofuscam e se interligam a outros problemas, como
novas pandemias, desigualdades econômicas, redes sociais e controle político global
por meio da inteligência artificial.
O interessante no título do filme é que me fez pensar que - talvez
- o fim do mundo - ou da civilização que habitamos - já esteja acontecendo aos
poucos e a gente vai se acostumando como o sapo na panela em aquecimento.
Portanto, não haveria um determinado momento X (com ou sem
trocadilho) em que diríamos: Acabou, pessoal! Todo mundo joga fora os celulares
e quem puder que encontre uma caverna!
Se esta hipótese for verdadeira, e aí estaria o lado
relaxante do título, o processo do fim do mundo não seria algo abrupto, como desconfiei
nas Trumpetas
do Apocalipse, mas, ao contrário, seria um continuum entre o passado (nem
tão bom assim) e o futuro (aparentemente pior).
Se estamos num continuum, do ponto de vista evolutivo da
seleção natural, talvez haja tempo suficiente para o surgimento de variantes
sociais mais adaptadas para sobreviver neste novo ambiente tóxico que temos construído
em algumas centenas de anos.
Talvez uma variante menos competitiva, mais solidária, menos
consumista e menos violenta.
Assim, meu voto de fim de ano é que você pertença a ou
desenvolva uma das variantes sociais capazes de sobreviver a 2025.
No final do próximo ano, provavelmente, então, a gente
reavalia para 2026.
Lor
Comentários
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário que será enviado para o LOR.