Eliane Brum: pânico ou esperança?
Eliane Brum, jornalista e escritora internacionalmente reconhecida, para além de seu engajamento intelectual, mudou-se para Altamira, no Pará, em corpo, alma e mais-que-humana presença na defesa dos povos-floresta, sendo este termo, povo-floresta, um dos aprendizados transformadores que encontramos no livro, um relato transpessoal e profundo da luta decisiva que acontece numa das fronteiras mundiais do avanço capitalista, a Amazônia.
No clima de guerra pela sobrevivência dos povos-floresta – e da humanidade - Eliane e companheiras criaram a organização jornalística combativa SUMAUMA, por meio da qual trazem informações fundamentais sobre as relações entre o desmatamento, o garimpo, as madeireiras, as estatais, a violência crescente e a destruição generalizada das populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas.
Eliane, traduz para nós, brancos, a filosofia indígena que não compreende o conceito de propriedade privada e nos demonstra que a floresta não “pertence” a ninguém, e ninguém pertence à floresta. Somos uma entidade viva complexa, indivisível, inexistente se separada em partes. Seres humanos e seres não-humanos e mais-que-humanos constituem o ambiente, a vida. Por isso, não faz sentido falar em povos DA floresta ou em floresta DOS povos indígenas. O que existe é povos-floresta.
O livro, publicado antes da eleição de Lula, esbarra no pânico e desespero diante dos revezes coletivos - e profundamente pessoais - causados aos povos-floresta pelo avanço do fascismo com a eleição do governo bolsonarista. Em alguns momentos ela relembra, inclusive, a declaração contundente de Greta Thunberg que disse – não queremos que sintam esperanças, queremos que sintam pânico, porque nossa casa está pegando fogo! (que inspirou a ilustração acima).
Diante da crise climática e dizimação dos povos-floresta, como está acontecendo, por exemplo, com os Yanomami, “Banzeiro” convence de que é hora da humanidade agir movida pelo pânico.
Ou o céu cairá sobre nossas cabeças (Davi Kopenawa).
No clima de guerra pela sobrevivência dos povos-floresta – e da humanidade - Eliane e companheiras criaram a organização jornalística combativa SUMAUMA, por meio da qual trazem informações fundamentais sobre as relações entre o desmatamento, o garimpo, as madeireiras, as estatais, a violência crescente e a destruição generalizada das populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas.
Eliane, traduz para nós, brancos, a filosofia indígena que não compreende o conceito de propriedade privada e nos demonstra que a floresta não “pertence” a ninguém, e ninguém pertence à floresta. Somos uma entidade viva complexa, indivisível, inexistente se separada em partes. Seres humanos e seres não-humanos e mais-que-humanos constituem o ambiente, a vida. Por isso, não faz sentido falar em povos DA floresta ou em floresta DOS povos indígenas. O que existe é povos-floresta.
O livro, publicado antes da eleição de Lula, esbarra no pânico e desespero diante dos revezes coletivos - e profundamente pessoais - causados aos povos-floresta pelo avanço do fascismo com a eleição do governo bolsonarista. Em alguns momentos ela relembra, inclusive, a declaração contundente de Greta Thunberg que disse – não queremos que sintam esperanças, queremos que sintam pânico, porque nossa casa está pegando fogo! (que inspirou a ilustração acima).
Diante da crise climática e dizimação dos povos-floresta, como está acontecendo, por exemplo, com os Yanomami, “Banzeiro” convence de que é hora da humanidade agir movida pelo pânico.
Ou o céu cairá sobre nossas cabeças (Davi Kopenawa).
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