Outras visões sobre Cuba
Estive de férias por uma semana em Lambari, sob a chuva constante que acabou por transbordar os rios ao redor, causando grande enchente que nos fez levantar acampamento e voltar para Belo Horizonte.
Entre uma pancada de chuva e outra, encontrei por acaso na biblioteca de meu pai o livro “Cuba de Fidel – Viagem à ilha proibida” do Ignácio Loyola Brandão, escrito em 1978 (ainda época da ditadura militar brasileira e da Guerra Fria em todo o mundo), logo após sua viagem a Cuba, realizada na companhia de Chico Buarque, Marieta Severo, Antônio Callado e outros brasileiros, para serem jurados no Prêmio de Literatura Casa das Américas daquele ano.
Além da semelhança entre as situações, um grupo de brasileiros participando de um júri cultural pelo interior de Cuba, as quais descrevi recentemente envolvendo Santiago, Olga, Rafael Correa, Carol, Thalma e eu, descobri no livro outras informações importantes que o nosso grande autor de Zero foi capaz de reunir e nos apresentar de forma divertida.
Um dos melhores momentos do livro é sua descrição do culto à personalidade de Fidel Castro, de como se formava a lenda em torno do seu nome e, já naquela época, era impossível se saber o que era verdade ou não sobre o líder cubano.
Ignácio Loyola também nos mostra que havia uma Constituição em vigor, discutida e votada por praticamente todos os cubanos, com direitos (respeito à mulher, por exemplo) que somente seriam propostas no Brasil dez anos depois, na Constituição brasileira de 1988.
A Revolução Cubana era ainda uma jovem de dezenove anos, apoiada pela economia da União Soviética, o que permitia que ela resistisse um pouco melhor ao bloqueio norte-americano, mantendo a alegria e a esperança. Meus olhos encontraram uma senhora de 56 anos, altiva, porém, cansada pela guerra crônica.
Vale a pena conferir.
Entre uma pancada de chuva e outra, encontrei por acaso na biblioteca de meu pai o livro “Cuba de Fidel – Viagem à ilha proibida” do Ignácio Loyola Brandão, escrito em 1978 (ainda época da ditadura militar brasileira e da Guerra Fria em todo o mundo), logo após sua viagem a Cuba, realizada na companhia de Chico Buarque, Marieta Severo, Antônio Callado e outros brasileiros, para serem jurados no Prêmio de Literatura Casa das Américas daquele ano.
Além da semelhança entre as situações, um grupo de brasileiros participando de um júri cultural pelo interior de Cuba, as quais descrevi recentemente envolvendo Santiago, Olga, Rafael Correa, Carol, Thalma e eu, descobri no livro outras informações importantes que o nosso grande autor de Zero foi capaz de reunir e nos apresentar de forma divertida.
Um dos melhores momentos do livro é sua descrição do culto à personalidade de Fidel Castro, de como se formava a lenda em torno do seu nome e, já naquela época, era impossível se saber o que era verdade ou não sobre o líder cubano.
Ignácio Loyola também nos mostra que havia uma Constituição em vigor, discutida e votada por praticamente todos os cubanos, com direitos (respeito à mulher, por exemplo) que somente seriam propostas no Brasil dez anos depois, na Constituição brasileira de 1988.
A Revolução Cubana era ainda uma jovem de dezenove anos, apoiada pela economia da União Soviética, o que permitia que ela resistisse um pouco melhor ao bloqueio norte-americano, mantendo a alegria e a esperança. Meus olhos encontraram uma senhora de 56 anos, altiva, porém, cansada pela guerra crônica.
Vale a pena conferir.
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