600 MIL + 1. NANI

 


Nani publicou este cartum em 1974 e não sabia que enfrentaria a morte várias vezes depois, ganhando dela, literalmente, de lavada, sobrevivendo a uma hepatite grave e três transplantes de fígado.

Foi preciso a ajuda dos bolsonaristas para a morte nos levar o Nani, ontem, de COVID.

Fica a saudade do mais mineiro dos cartunistas, o contador de causos mais engraçado que conheci, o amigo leal e delicado, como lembramos Nilson, Duke e eu, seus irmãos de cartunismo.

Fica a revolta pela sua morte precoce (um menino de 70 anos!) causada pela política genocida de Bolsonaro, que não seria possível sem o apoio de médicos bolsonaristas e seus conselhos de medicina (com minúscula mesmo).

Fica a promessa, Nani, que cobraremos sempre, e de todas as formas possíveis, cada uma das mortes que poderiam ter sido evitadas nesta pandemia.

Inclusive a sua, querido amigo.

Não descansaremos em paz.








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