Bastidores de um desenho - Collor: estupidez ou certeza da impunidade?
Ontem vi os
carros importados do Collor, não declarados à Receita Federal, sendo levados
pela Polícia Federal noutra fase da Operação Lava Jato.
Lembrei-me de uma charge
que fiz sobre situação parecida em 1992 (abaixo), em que ele era investigado
pela receita por sonegação fiscal, o que contribuiu para o seu impeachment.
Collor foi
deposto e depois eleito senador por Alagoas, mas aparentemente não parou de
cometer os mesmos crimes (sim, sonegação fiscal é crime, empresários!).
Ele
devia ter prestado atenção na minha charge, publicada no Diário Popular de São
Paulo e lida por cerca de 210 mil pessoas (metade das quais seus eleitores).
Não creio
que seja estupidez (apesar dele nunca ter me parecido uma pessoa especialmente
inteligente, apenas rica). Provavelmente ele sempre teve a certeza da
impunidade. Ele jamais imaginou que um dia empresários ricos e políticos (ex-ministros,
inclusive) iriam para a cadeia no Brasil.
Mexendo no
meu arquivo de charges à procura desta charge sobre a Casa da Dinda, deparei-me
com esta outra (abaixo), também de 1992, atenção Lava Jato, sobre as relações
entre a PETROUBAS e os empreiteiros. A Lava Jato poderia ter começado antes,
não?
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