A mulher em 1752, 1981 e 2015


Acordei com o impulso para desenhar o cartum acima, pois ando lendo Matias Ayres (Reflexões sobre a vaidade dos homens) e ele comenta, lá em 1752, a condição de escravidão feminina, mas coloca como opções que a mulher tem que “escolher” entre a liberdade e a formosura. Acho que não é uma questão apenas de escolha e a condição social feminina está ligada à origem da propriedade privada dos meios de produção e, por isso, fiz o cartum.

No entanto, enquanto o desenhava, vinha-me à lembrança o cartum abaixo, que enviei para o 18º Salão de Humor de Montreal (Canadá) em 1981, numa época em que ainda acreditava em competição como forma ética de comportamento. Acho que os dois cartuns dialogam entre si, numa espécie de lamento pelos 35 anos que se passaram entre eles e tão pouca água tenha passado debaixo da ponte do feminismo.


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