Cartum pode ser pendurado na parede?



Estive recentemente em Florianópolis, terra natal da Thalma, onde visitamos sua tia Graça e na sua casa encontrei estes dois desenhos (acima e abaixo) pendurados na sua sala. Um é de 1975 e outro de 1977 e não me lembrava deles. 

Curiosamente, em minha própria casa não tenho cartuns emoldurados na parede.


Na verdade, cartunista não é exatamente um artista plástico. Por exemplo, realizei minha primeira exposição de desenhos em Florianópolis, sob a organização de meu saudoso sogro Sálvio de Oliveira. Ele administrava uma galeria de arte e, seguindo sua orientação, procurei fazer algo que fosse menos cartum e mais artes plásticas. Criei uma série de desenhos a partir de uma espiral desenhada livremente sobre o papel, sobre a qual desenvolvia o restante dos desenhos, geralmente mulheres em diferentes poses, para os quais Sálvio inventou títulos divertidos como: “Tias, doces tias, o que quereis ainda? ”. 

Dois anos depois ele promoveu outra exposição com alguns desenhos que criei a pedido do Pedro Paulo Cava que estava montando a peça “O bravo soldado Schweik”, entre eles, esta sugestão para o cenário (abaixo). 

Somente o grande talento comercial do meu sogro (e com o tempo mais amigo do que sogro) conseguiu vender alguns de meus desenhos (mesmo assim para a família, como os tios Saul e Graça) o que adiou minha conclusão definitiva uns anos depois de que desenhos de humor não servem como quadros na parede, pois é insuportável ver a mesma piada todos os dias.



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