Câmeras fechadas
Aroeira e eu conversamos hoje sobre charges e cartuns com um grupo de estudantes (14 a 15 anos) por meio de videoconferência. Não vou identificar quem são, pois meus sentimentos não são dirigidos apenas a este grupo, e nem estas pessoas são culpadas por uma pandemia que nos isolou há dois anos, em condições agravadas por uma gestão criminosa da saúde pública, que prolongou o sofrimento coletivo e causou a morte de centenas de milhares de pessoas por causa de sua ignorância e desprezo pela vida humana. Poucas das pessoas presentes abriram suas câmeras durante as duas horas do encontro e foram as mesmas que toparam fazer perguntas e comentários. Senti enorme tristeza, angústia por não ver os rostos para quem Aroeira e eu tentávamos passar um pouco dos desafios e técnicas relacionadas com a nossa arte de fazer cartuns, charges, caricaturas e quadrinhos. Sei que é muito estressante para a maioria das pessoas, seres humanos que evoluíram para o contato social intenso, agu...