Baby boomers, avante!
Minha turma do cabelo branco, que anda isolada em casa e triste pela pandemia e apavorada pelos rumos de um governo federal ocupado por fascistas, precisa ler a crônica de hoje do Fernando Gabeira, no jornal O Estado de São Paulo.
Meu coração, que já foi latino-americano, sem dinheiro no bolso e com medo de avião, parece que aprendeu com o Gabeira um novo jeito de pulsar.
(ver aqui no blog https://gabeira.com.br/algumas-notas-para-resistir/)
Uma pena que não possa reproduzir seu texto na íntegra, mas apenas alguns destaques.
“Algumas notas para resistir
Fernando Gabeira
Não adianta reclamar que o Congresso e o Supremo não conseguem frear a marcha totalitária. Isso depende de nós: é só querer. O instrumento é uma frente democrática ampla, madura, sem conflito de egos.
...Conversando com um político da minha geração, esta semana, lembrei-me do poeta quando ele disse: “Deus nos deu uma luta pela democracia, nos últimos anos de vida”.
... De um lado, vê-se um presidente falando em armar o povo, como Mussolini ou Chávez, e isso diante de uma plateia de generais indiferentes à gravidade desse discurso; de outro, um general falar em crise institucional porque um ministro do Supremo apenas cumpriu um artigo do regimento interno, despachando um pedido para o procurador-geral da República considerar: a perícia no telefone do presidente da República.
... Nossa atenção estava toda concentrada na pandemia, o maior desafio depois da 2.ª Guerra Mundial. Mas um ministro diz na reunião do conselho que é preciso aproveitar nossa atenção no coronavírus para passar uma boiada de medidas que não suportam a luz do sol.
... Pois muita coisa está se passando diante dos nossos olhos consternados com a sucessão de mortes e amedrontados com a síndrome respiratória aguda. Bolsonaro seduziu as Forças Armadas com verbas orçamentárias e uma suave reforma da Previdência. E mais ainda, fez um apelo ao salvacionismo que viaja no espírito deles desde a Proclamação da República e abarrotou o governo com militares.”
Vale a pena ler o resto no jornal!
LOR
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