Feliz Pazcoa
Decidi celebrar o dia de hoje afastando de minha mente, pelo menos por um tempo, os meus pensamentos ruins.
Fechei os olhos e deixei de lado minha preocupação com o desmonte da democracia que estamos vivendo, com a dificuldade que teremos para eleger um congresso mais ético e diferente do atual e com a polarização violenta entre os candidatos.
Consegui colocar numa lata de lixo mental a imagem do Gilmar Mentes e tudo o que ele representa de arrogância, autocracia, auxílio-moradia e interesses escusos no poder judiciário.
Retirei do foco da minha atenção os amigos de Temer que foram presos e que ontem prestavam depoimento na Polícia Federal para esclarecer os detalhes da formação de sua quadrilha, mas que foram liberados em seguida, por ordem do Supremo, de forma bem diferente dos pobres que são presos e sem julgamento permanecem em presídios por muitos anos.
Esqueci num beco qualquer da memória que as grandes potências armadas de ogivas nucleares andam brincando de cuspir na cara uma das outras, expulsando diplomatas e atiçando a raiva geral com bravatas nacionalistas e xenofóbicas, arriscando a pele da humanidade num possível conflito geral incontrolável.
Consegui afastar a minha angústia permanente com o aquecimento global e as mudanças climáticas com suas consequências especialmente graves sobre as populações mais pobres.
Procurei não me lembrar o quanto as mulheres ainda são vulneráveis, oprimidas e violentadas em nossa cultura machista e misógina.
Controlei meu horror diante dos gays que são perseguidos e queimados vivos na Nigéria depois que o governo adotou uma linha radical do islamismo, de forma semelhante aos católicos e protestantes que queimavam bruxas há algum tempo atrás.
Enchi o peito fundo e prendi a respiração.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19...
Mas não consegui me esquecer que já se passaram 19 dias desde que Marielle Franco foi executada e ainda não sabemos quem a matou.
Fechei os olhos e deixei de lado minha preocupação com o desmonte da democracia que estamos vivendo, com a dificuldade que teremos para eleger um congresso mais ético e diferente do atual e com a polarização violenta entre os candidatos.
Consegui colocar numa lata de lixo mental a imagem do Gilmar Mentes e tudo o que ele representa de arrogância, autocracia, auxílio-moradia e interesses escusos no poder judiciário.
Retirei do foco da minha atenção os amigos de Temer que foram presos e que ontem prestavam depoimento na Polícia Federal para esclarecer os detalhes da formação de sua quadrilha, mas que foram liberados em seguida, por ordem do Supremo, de forma bem diferente dos pobres que são presos e sem julgamento permanecem em presídios por muitos anos.
Esqueci num beco qualquer da memória que as grandes potências armadas de ogivas nucleares andam brincando de cuspir na cara uma das outras, expulsando diplomatas e atiçando a raiva geral com bravatas nacionalistas e xenofóbicas, arriscando a pele da humanidade num possível conflito geral incontrolável.
Consegui afastar a minha angústia permanente com o aquecimento global e as mudanças climáticas com suas consequências especialmente graves sobre as populações mais pobres.
Procurei não me lembrar o quanto as mulheres ainda são vulneráveis, oprimidas e violentadas em nossa cultura machista e misógina.
Controlei meu horror diante dos gays que são perseguidos e queimados vivos na Nigéria depois que o governo adotou uma linha radical do islamismo, de forma semelhante aos católicos e protestantes que queimavam bruxas há algum tempo atrás.
Enchi o peito fundo e prendi a respiração.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19...
Mas não consegui me esquecer que já se passaram 19 dias desde que Marielle Franco foi executada e ainda não sabemos quem a matou.
Saudades de suas palavras e ensinamentos. Sábias palavras!
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