Há muitos anos ouvi o Millôr [1] dizer que “o ser humano é inviável”. Desde então esta frase de um dos meus ídolos intelectuais tem me intrigado, porque nunca tive certeza se ele estava fazendo uma brincadeira despretensiosa ou se sua afirmativa era resultado de longa experiência de vida e cultura, alguma verdade filosófica embalada pelo seu excelente humor. Tentei em vão decifrar se Millôr se referia ao ser humano enquanto espécie animal ou aquele ser idealizado nos sonhos humanistas ou a ambos. Ao mesmo tempo, esta frase do Millôr me desafiava a concordar ou não com ela, obrigando-me a tentar conciliar numa única resposta as minhas múltiplas e antagônicas personalidades: o médico, o ativista político, o cientista e o cartunista. De um lado, como médico, tenho sido otimista por causa do desenvolvimento da ciência no conhecimento da natureza, que pode levar à cura das doenças e à diminuição do sofrimento humano. Também imbuído de esperança tem sido o meu posicionamento político ...
Sérgio Batalha - Hoje Trump cruzou a derradeira fronteira nas relações com o Brasil, dentro do contexto da batalha ideológica que vem movendo em todo o mundo. Afirmou em uma carta formal ao governo brasileiro que estava impondo uma tarifa adicional de 50% sobre a importação de nossos produtos em função de uma suposta perseguição a Bolsonaro e determina que o seu julgamento deve parar “IMEDIATAMENTE” (assim mesmo em letras garrafais, como se estivesse gritando). Prossegue com uma sucessão de ofensas ao país e suas instituições, afirmando que o tratamento dispensado a Bolsonaro é uma “vergonha internacional”, que o Brasil está atacando “as eleições livres” e “direitos fundamentais de expressão dos americanos” por meio do STF e, por fim, acusa o Brasil de práticas comerciais “injustas”, que provocariam um “déficit” dos EUA no comércio com o Brasil. Encerra a carta ameaçando elevar ainda mais as tarifas caso haja qualquer retaliação e com o início de uma investigação nos EUA sobre sup...
Como prometi num blog anterior, apresento esta história em quadrinhos, que fez parte de uma revista destinada à Educação Ambiental, publicada em Belo Horizonte, em 1979 , pela Editora Vega. O tema e o roteiro foram desenvolvidos por mim, com a colaboração dos cientistas Marília Vieira e Hamilton Prado Bueno. A seguir encontra-se a cópia digitalizada do meu único exemplar disponível, cuja conservação está bastante precária, em virtude do papel de baixa qualidade, que se tornou amarelado pelo tempo. Na cartilha, foram publicadas também outras histórias dos cartunistas Melado, Wagner e Augusto (Filó), aos quais convido para reproduzirem as suas páginas aqui, se o desejarem. A primeira edição foi de 5 mil exemplares adquiridos e distribuídos por entidades de defesa do meio ambiente, por sindicatos de trabalhadores e associações de bairro, tendo sido traduzida em algum lugar, se não me falha a memória. 40 anos depois, v ale a pena conferir as infor...
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