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Mostrando postagens de junho, 2016
Um documentário emocionante sobre a Antártica
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Na semana passada pude estar presente numa sessão de finalização do documentário “Trópicos gelados”, dirigido pelo Ernesto Rodrigues, jornalista, escritor, diretor de TV e cineasta, de quem tenho a alegria de ser irmão. Ernesto esteve na Antártica em 1982, acompanhando a primeira missão da Marinha brasileira a bordo do navio Barão de Teffé. Recentemente, em 2014, Ernesto retornou a pedido da Marinha ao continente gelado e documentou todas as transformações nestas décadas. O documentário retoma gravações das duas viagens e entrevista os principais protagonistas desta emocionante história, desde marinheiros a cientistas, de economistas a ambientalistas, de soldados a políticos. O filme estará disponível em breve nas mídias (especialmente no Canal Brasil, onde os outros filmes do Ernesto podem ser facilmente encontrados: Airton Senna, Zilda Arns e João Havelange) e seu lançamento será dia 6 de julho (na quarta da próxima semana) no Rio de Janeiro. Qu...
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Caro Lor, Uma curiosidade minha sobre seus haicais: tem alguma razão implícita (talvez uma intenção oculta, que eu não decifrei) para você adotar a grafia hay kay, em vez de uma das formas usuais e aceitas em português - haicai ou haikai? É que, às vezes, eu fico pensando nessa suposta intenção oculta e isso interfere um pouco na essência do poema, não sei se tem mais alguma coisa além do eu tô vendo ou lendo. Como são haicais de forma livre - sem o rigor métrico e estrutural dos japoneses - a gente sempre fica procurando um algo mais, algo fora da tradição que nos cause surpresa, que esteja além do poema. Eu conheci e aprendi a gostar de haicais lendo o Vão Gôgo (Millôr) na velha O Cruzeiro, quando era menino. Ele também fazia haicais e, muitos deles, sem o rigor nipônico. Como esse - quem nem é haicai - mas que eu nunca me esqueci (nem do desenho que ele fez para ilustrá-lo e que era, literalmente, um grande patinho amarelo num vagão de carga de um trem): "Gostaria, querida, d...
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Eu era pequeno e meu Pai disse: Toma, cuida deste planeta, mas não interfira no seu destino. Prometi obedecer e passei a cuidar daquele pedaço de pedra, onde coisas começaram a acontecer. Surgiu água e terra, céu e mar. Apareceu a vida e ela se espalhou por toda parte. Eu ficava ali, me divertindo com o rumo que as coisas tomavam. Depois de uns bilhões de anos, surgiu um animal um pouco diferente: ele pensava! Fiquei admirado com suas habilidades mentais durante uns 200 mil anos, caçando, coletando alimentos e formando tribos que se espalharam por todo o planeta. Eles criavam objetos e domesticavam plantas e animais, mas depois havia uma guerra ou uma epidemia, os mais velhos morriam e todos perdiam aquelas informações e tinham que recomeçar do zero. Fiquei comovido com aquela situação e aproveitei uma distração de meu Pai para introduzir, disfarçadamente entre aqueles seres, a escrita. Agora, poderiam conservar sua sabedoria. Eu não via nenhum perigo, meu Pai se enganara. Rapidamente,...
Ontem postei no Humordaz um conceito equivocado de estupro
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Ontem postei esta charge no HUMORDAZ, mas recebi um e-mail de minha filha Luíza com as seguintes observações: “Lá no HUMORDAZ você diz: estupro é sexo com vulnerável. Mas não, isso não é estupro... Estupro é sexo sem consentimento. Consentimento é o que define. Se for sexo com um vulnerável sem condições de consentir (como crianças com 14 anos ou menos, segundo a lei, ou pessoas inimputáveis, seja por incapacidade cognitiva ou doença psíquica), também é estupro. Acho que é esta sua visão sobre vulnerabilidade (em oposição ao consentimento) como definidor do estupro é que faz você comparar a prostituição ao estupro. Mas, como já coloquei na outra discussão que tivemos sobre isso (ver AQUI ), prostituição não é estupro, a rigor. (Prostituição) é a prática, com consentimento (a priori) de sexo por dinheiro. ” Acho que Luíza está certa quanto a dizer que estupro não é apenas sexo com vulnerável, basta não haver consentimento e, por isso, substituí o desenho d...
Festa Junina - Rosa, 4 anos
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O envolvimento da Rosa com seus desenhos é intenso, completo, prazeroso e alegre. Uma lição para nós, velhos companheiros de 1968, que andamos desanimados e sem saídas. Neste desenho, feito hoje à tarde, ela não achou necessário definir o horizonte, que não aparece por trás das bandeiras. Mas ele existe. Cansados pelo desgaste da realidade, não estamos vendo novos caminhos depois que nossas soluções não funcionaram e nossa geração perdeu quase todas as batalhas. A arte da Rosa nos lembra que o horizonte é, por definição, inalcançável. Mas ele está lá.
Desiludir é aprender
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Sou um dos entusiasmados brasileiros que na década passada se encantaram com a descoberta das reservas petrolíferas da camada do pré-sal e com a promessa de destinação de parte dos recursos obtidos para a educação. Não demorou muito, diversos estudiosos do problema mostraram que pautar o futuro do país sobre uma matriz energética baseada no petróleo seria caminhar na contramão da preservação do meio ambiente. A cúpula no poder rosnou que era nossa vez de crescer e que os Estados Unidos e a China que diminuíssem sua produção de carbono e evitassem o aquecimento planetário. Fiquei intimidado pela gritaria da discussão e acabei torcendo mais pela educação do povo brasileiro do que pela preservação do ambiente. Há uns dez dias, ainda com esperança de que o pré-sal trouxesse MUITA riqueza para o Brasil, especialmente para a educação, fiz o desenho que foi maravilhosamente transformado em vídeo pelo Rafael Sete, e que se encontra disponível no YouTube ( AQUI ). Logo em seguida, li o artigo “...