Sacrifícios humanos



Existir injustiça

Não justifica

Sua existência 



Hay Kay #2018



Vejo a descoberta de um sítio arqueológico no Peru com mais de uma centena de corpos de crianças que tiveram seu coração arrancado num sacrifício religioso para aplacar a ira dos deuses para que assim eles interrompessem as enchentes devastadoras (VER AQUI).

Quando se sabe que as chuvas torrenciais naquela região são causadas periodicamente pelo fenômeno El Niño (VER AQUI), aumenta o sentimento de absurdo e tristeza pelo sofrimento daquelas crianças e daqueles pais que assassinaram filhas e filhos, convictos de que estavam fazendo a coisa certa.

Hoje pode parecer uma atitude estúpida, mas reproduzimos outras condutas tão irracionais quanto diante de nossas tempestades atuais: o aquecimento global, a desigualdade econômica, o racismo, o consumismo e a ideologia da competição e do Mercado.

O argumento que ouço para que continuemos a viver nesta sociedade de classes, desigual, racista, injusta e competitiva é de que “sempre foi assim”, fazer o quê?

De fato, se durante séculos oferecemos crianças em sacrifício aos deuses nas mais variadas culturas (por exemplo, Abraão na Bíblia, VER AQUI) talvez pareça natural para muitos que continuemos a sacrificar a vida de milhares de crianças, retirando verbas para sua saúde, educação, nutrição, lazer e segurança, para aplacar a ira do deus Mercado e melhorar a crise econômica.

A mim esta solução parece tão injusta, cruel e estúpida quanto aceitar que 1% das pessoas possua mais da metade da riqueza de toda a humanidade, que o capitalismo promova a sexta extinção em massa e que sejamos mantidos dopados e dependentes de smartfones e jogos competitivos.

Quando compreenderemos o fenômeno El Niño?



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