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Para Yuval Noah Harari
A
teia da aranha que já se foi
Ainda
guarda restos de vidas e poeira,
Fantasmas
que invadem o futuro.
Os
joelhos humanos e doloridos
Não
se atrevem a saltar o córrego
Que
nos separa das pegadas de bichos extintos.
A
vista envelhecida e turva
Mistura
o silêncio desértico dos eucaliptais
Com
a imobilidade dos dias nos tristes troncos australianos.
Os
smart jovens matam o tempo que lhes resta
Em
jogos desanimados
Sem
ouvir os latidos do cão enterrado no quintal.
Na
estrada irreal dos escravos,
Sobras
de padres, freiras e coronéis
Servem
de cascalho para pneus Firestone.
A
mosca ainda se debate
Para
escapar da teia mortal
Mesmo
sem a presença da sua arquiteta.
Eu,
não mais.
Sublime!!
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