A juventude desconhece o sentido exato da palavra saudade

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PJ, o duro

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  Agora, Welinton Pereira Junior, o PJ, a juventude acabou, uns amigos no trampo, outros sumidos, a escola pública não existe mais, você descolou a grana pra financiar a moto e você trabalha muito, PJ, porque tem uma família sagrada pra sustentar, você é o chefe, PJ, o boss.   Agora, PJ, o sindicato acabou, o político prometeu e não cumpriu, a carteira assinada já era, o SUS foi desativado e você sufoca na fumaça dos carros, das queimadas e do calor do cacete, para entregar sua vida por 7,50 em cada última corrida possível.   Às vezes, você pensa em desistir. mas você é duro, você pega com Deus, PJ, você é fiel.   Agora, PJ, sua Jéssica perdeu o emprego, as crianças precisam dela: o menor, - não ia tirar, Deus me livre! tem problemas, sozinho dentro de si, autismos, os remédios, só na vaquinha, sua mãe, PJ, está com idade e nervos, Jéssica cuida também, seu pai, morreu sem pensão na imperícia, mas você é d...
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Este livro é uma ousadia

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  Um grupo de cientistas brasileiros formado por Cândido Celso Coimbra, Samuel Penna Wanner, Christiano Antônio Machado-Moreira e Thales Nicolau Prímola-Gomes , decidiu apresentar sua experiência pessoal e de vários convidados (a minha, inclusive) no campo da termorregulação, especialmente os conhecimentos relacionados com o exercício físico, com a saúde, com o trabalho e com os esportes. É bastante conhecida a dificuldade com que os cientistas que trabalham fora dos Estados Unidos e da Europa se deparam para desenvolverem suas pesquisas em qualquer área do conhecimento. Basta ver que o tempo necessário para a publicação deste livro foi de 7 anos de trabalho árduo dos editores ! E apenas para a publicação online,   supostamente mais rápida e fácil! Nestes sete anos, a crise climática se tornou muito mais evidente , o que torna este tema ainda mais relevante, porque ele trata de como a manutenção da temperatura corporal é vital e quais são nossos limites corporais, des...
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O ser humano é inviável? – Resposta ao Millôr Fernandes

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Há muitos anos ouvi o Millôr [1] dizer que “o ser humano é inviável”. Desde então esta frase de um dos meus ídolos intelectuais tem me intrigado, porque nunca tive certeza se ele estava fazendo uma brincadeira despretensiosa ou se sua afirmativa era resultado de longa experiência de vida e cultura, alguma verdade filosófica embalada pelo seu excelente humor. Tentei em vão decifrar se Millôr se referia ao ser humano enquanto espécie animal ou aquele ser idealizado nos sonhos humanistas ou a ambos. Ao mesmo tempo, esta frase do Millôr me desafiava a concordar ou não com ela, obrigando-me a tentar conciliar numa única resposta as minhas múltiplas e antagônicas personalidades: o médico, o ativista político, o cientista e o cartunista. De um lado, como médico, tenho sido otimista por causa do desenvolvimento da ciência no conhecimento da natureza, que pode levar à cura das doenças e à diminuição do sofrimento humano. Também imbuído de esperança tem sido o meu posicionamento político ...
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