O livro abaixo, de Ilan Pappe,
um judeu e professor da Universidade de Exeter na Inglaterra, especialista na história de Israel, ajudou-me a compreender que:
Ser contra a colonização da Palestina
(sionismo) pelo Estado de Israel não é ser contra os judeus, não é ser antissemita.
Ser contra o genocídio que
está sendo cometido pelo Estado de Israel (nas mãos da extrema direita fascista
e religiosa), não é ser a favor do massacre de outubro de 2023 realizado
pelo Hamas (nas mãos de jovens desesperados da terceira geração de pessoas
vivendo num campo de concentração ou em campos de refugiados).
Ser a favor de um estado único, laico e democrático para judeus e palestinos é a solução - aparentemente impossível,
mas talvez seja a única - capaz de encerrar a tragédia iniciada há mais de 100
anos.
E, sim, mais uma vez lembrar que a democracia
nos une, as religiões nos separam.
Acho que o governo brasileiro precisa
se posicionar de forma efetiva contra o genocídio que vem sendo cometido
pelo Estado de Israel.
LOR
Subsequências
21/5/25 - Inglaterra suspende acordos comerciais com Israel: The Guardian
21/5/25 - Comentário anônimo - Bom texto! Só observo que, quando li, o aposto entre parênteses sobre o Hamas soou como uma certa justificativa para o massacre. Há muitos jovens desesperado. Só alguns vão se tornar violentos e sequestrar e assassinar jovens e famílias em festas. Nada justifica a violência (de nenhum dos lados). Especialmente contra pessoas que tem muito pouca ou nenhuma agência direta sobre a disputa em questão. É claro que não há uma simetria de forças entre as partes. Não há uma equivalência. Mas não deixam de ser injustificáveis de ambas as partes. A violência revolucionária as vezes é necessária, eu entendo, apesar de lamentar. Mas ainda assim, injustificável.
Minha resposta - O parêntese se refere também ao livro do Ilan Pappe, que diz que são 3 gerações aprisionadas, humilhadas e sem perspectiva nenhuma de futuro. Como prisioneiros humilhados que saem matando as famílias dos carcereiros. De qualquer forma, muito, muito triste mesmo, tudo, inclusive o fato de que o Hamas atacou no momento em que a própria população judaica estava protestando contra a extrema direita de Netanyahu. Aí, o mundo todo se uniu contra o Hamas. Até o genocídio começar a incomodar os ingleses e a União Europeia.
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