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Mostrando postagens de outubro, 2023

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  Este é meu post de despedida deste blog. Depois de pensar por alguns meses, decidi definir melhor minhas prioridades (afinal, temos, em média, apenas 4 mil semanas de vida) e manterei apenas o blog na página da AMANF, onde atendo uma demanda por informações para as pessoas com neurofibromatoses. Para outros assuntos, se surgir em mim a necessidade de os expressar, entrarei em contato individualmente com as pessoas amigas, às quais o tema poderia interessar. Antes de sair, quero agradecer à minha filha Ana de Oliveira Rodrigues, que me ensinou carinhosamente a criar blogs, há 8 anos, o que me permitiu postar aqui 1.216 textos e desenhos sobre muitas coisas que eu não sabia, na tentativa de ficar sabendo. Quero agradecer também às pessoas que realizaram 288.762 visualizações no blog, deixando 396 comentários. Vocês me ajudaram a compreender a complexidade crescente do mundo (ou da minha visão do mundo). Aprendi muito com esta experiência, especialmente durante o distancia...

“A santa seita” – ou “Os (quase) doze próstatas”

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  para Diego e Júlia   reunimos nossas débeis forças mens sanas in tempores malos para insistir pela terceira vez que alguns minutos de memórias sobrevivem ao tik tok das redes.   reunimos nossos poucos cabelos brancos em têmporas cansadas aos corações jovens e aventurosos acreditando que o futuro pode ser um presente do passado.   Obrigado a todas as pessoas queridas que estiveram ontem no lançamento da terceira edição do Retrato Falado. Na foto (da jornalista Alessandra Mello), doze cartunistas vives (ou quase) que resistiram ao calor da noite com a ajuda das histórias do Nilson.

Mate-mática carnífuga

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  Dez meses se passaram, desde que troquei o sabor das carnes pela floresta em pé.   Somando os pedacinhos diários, que parei de engolir, deixei de matar um bezerro, ou trinta frangos, ou cinquenta peixes ou aquele porquinho rosado.   Sem novos pastos ou campos de soja, para reporem o que eu teria devorado, deixei viver duas sumaúmas jovens, ou trinta aroeiras, ou cinquenta pitangueiras ou aquela veredinha tropical.   Nesse ritmo, em dois mil e trinta e quatro anos, terei evitado o desmatamento de uma área, onde vivem vinte famílias xavante.   Acho que conseguirei.   A alternativa seria nada fazer. Mas a isso, ainda não me conformei.