Gaza, o escândalo da dor e os labirintos da identidade - compaixão versus acusação
Por Eduardo Gontijo Nenhum acontecimento recente expôs com tanta dramaticidade o abismo ético e moral da nossa época quanto as imagens de Gaza, transmitidas pelas redes sociais e pelos noticiários de TV: crianças com rostos e membros mutilados, mulheres implorando por água e por uma porção de comida, idosos tateando entre os escombros de moradias à procura de restos de familiares. A dor palestina, exibida em milhões de telas, parece ter reacendido – através de incontáveis manifestações em várias partes do mundo – aquilo que deve ser o núcleo ético e político mais antigo do homo sapiens — a compaixão – sem a qual nenhuma comunidade humana pode sobreviver. “O rosto do outro me obriga”, escreveu Emmanuel Levinas – o maior filósofo judeu depois de Martin Buber – em sua obra Totalidade e Infinito. Para Levinas, não há nenhuma mediação ideológica nesse gesto ético inaugural, primordial. Antes de qualquer cálculo político ou racional, o rosto e olhar do outro nos convocam – pelo m...
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Parabéns Lor! Sucesso com a 3a edição. Posso encomendar um exemplar autografado já que não vou poder estar no lançamento? Abraços
ResponderExcluirParabéns Lor! Sucesso na 3a edição. Posso encomendar um exemplar autografado já que não vou poder estar no lançamento? Abraços
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