Elegia 1938 - Carlos Drummond de Andrade

O poema que postei ontem pode ser encontrado no livro Sentimento do Mundo do Drummond: AQUI .

Impressiona a todos que este poema tenha cerca de 80 anos e continue nos dizendo de sentimento de um mundo tão presente.

Será que o mundo não muda, ou muda apenas nos detalhes, ou voltamos a um espírito de época semelhante às vésperas da Segunda Guerra Mundial, quando um Adolf Trump provocava a ira internacional diariamente? Quando as riquezas se concentravam nas mãos de pouquíssimos e a felicidade se diluía em lágrimas dos mais pobres? Quando as utopias humanistas se digladiavam em direitas e esquerdas cada vez mais radicais, e o ódio do estrangeiro, do diferente, do outro ego, se armava de paus e pedras?

“Vai saber!”, diria o Romeu, não à Julieta, mas aos corais milenares das praias de Peracanga.

Saberão eles?

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