Bastidores de um desenho – Anos 60: os movimentos que mudaram o mundo







































Acabo de ler o último livro do Cid Velloso, “Anos 60: os movimentos que mudaram o mundo” (ver capa abaixo) e sua leitura inspirou-me o cartum acima, que enviei para ele. 

As reflexões precisas do Cid são um convite para pensarmos o quanto é importante sonhar e pensar sobre o futuro, para criarmos utopias que despertem nosso coração e movam nossas ações e gestos para um mundo melhor.

Cid Velloso é uma pessoa de muitas qualidades, muito amável e culto. Médico de destaque, dedicado e cuidadoso, tornou-se professor universitário e um reitor memorável, pois abriu para nossa universidade um novo caminho de grande desenvolvimento. 

No entanto, a característica mais impressionante do Cid é seu espírito democrático, que o torna capaz de ouvir a todas as pessoas com a mesma atenção e respeito, compartilhando ou não das suas ideias.

Tive o privilégio de ser seu aluno na Faculdade de Medicina e depois monitor sob sua orientação na disciplina de Cardiologia, quando ele pacientemente ensinou ao seu impaciente discípulo os fundamentos dos eletrocardiogramas. 

Além disso, mostrou-me o quanto pode ser enriquecedor se os médicos usarem parte do seu tempo para outras atividades, especialmente culturais, no caso dele a música (e depois as viagens internacionais), no meu caso os cartuns que eu começava a publicar no Pasquim e Estado de Minas. Na década de oitenta, reencontramos quando trabalhei para sua candidatura a reitor e, desde então, eu e Thalma temos compartilhado de sua amizade, que se amplia com a nossa querida Roseny.

Cid publicou agora estas reflexões sobre os diversos movimentos que modificaram nosso cotidiano e que ocorreram numa época em que ele estava no início de sua longa carreira como ser humano, hoje com mais de setenta anos e esbanjando vitalidade e curiosidade sobre o mundo, mundo este que seu livro nos atesta que ele pretende mudar para melhor.

A reunião interessante que o Cid faz dos diversos movimentos políticos, sociais e culturais da década de sessenta que deixaram marcas na nossa civilização não pode ser resumida, mas vale a pena destacar duas de suas conclusões que mais me agradam:

O milagre brasileiro foi uma ilusão, mergulhando o país em enorme dívida externa e a corrupção foi tão deslavada como é hoje.

O sistema capitalista não responde às necessidades sociais da humanidade.


Quem quiser o livro, pode solicitar na Livraria Quixote (31 3227 3077).

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