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Parar de usar o WhatsApp?

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Depois que Zuck se aliou a Trump e Musk para formar o Império Americo-Canado-Groelano-Panamenho-Asteca Trumpuskzuk, pensei em sair do WhatsApp, porque é minha última ligação - explícita, não tenho Instagram nem Facebook - com a Meta (que sabemos qual é) em protesto pela suspensão da checagem de fake News e adesão da empresa à plutocracia internacional de extrema direita. (A propósito, a melhor piada do ano até agora: “Zuckerberg acaba com checagem de fatos e assassina a própria mãe” - do jornal O Sensacionalista). Aí fui ver qual seria a relação custo/benefício se eu ficasse apenas com meu telefone tradicional e e-mail. Benefícios: 1 - voltaria a falar de viva voz com as pessoas que são mais próximas ou que têm assuntos relevantes para falar comigo e vice-versa, ou para uma boa conversa fiada;  2 - estaria focado na própria conversa e não em duas ou três outras coisas ao mesmo tempo, ou seja, recuperaria minha vida em tempo real; 3 - ficaria livre de vídeos, textos e informa...

Carta para minhas netas e netos

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  Vocês eram crianças e se divertiam quando eu dizia que metade do que digo é mentira e a outra metade não é verdade. A metade-mentira era sobre o passado. Não que eu invente coisas que não aconteceram, mas sabemos que a gente edita e reedita nossa história continuamente, então, boa parte do que acreditamos que nos aconteceu é fruto da nossa mais involuntária imaginação. A metade que não era verdade são as coisas que digo sobre o futuro. É sobre esta parte que quero lhes falar hoje, pois tenho demonstrado um estado de espírito meio pessimista diante das ameaças que meu modo de pensar projeta para o futuro do mundo. Talvez minhas ferramentas de análise da realidade não sejam adequadas para vocês. Por exemplo, lembrem a medicina que praticava meu pai, - o bisavô Zezé de vocês, como era diferente daquela que tenho praticado e que, por sua vez, é distinta da praticada pela Luíza minha filha. Claro que temos princípios éticos em comum, mas nem o diagnóstico das doenças, - que em tese ...

Recebi o meu!!!!

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Não espere muito do fim do mundo

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Achei espirituoso e relaxante esse título do filme romeno exibido na Europa em 2024 ( ver aqui ). Não vi o filme ainda, mas o título em si me fez pensar sobre o que ando esperando para o próximo ano, o que, por sua vez, sugere que minha intuição é de que o tal fim estaria próximo. Claro, estou pensando na ascensão dos Trump, crise climática e ameaça nuclear, que, combinados, ofuscam e se interligam a outros problemas, como novas pandemias, desigualdades econômicas, redes sociais e controle político global por meio da inteligência artificial. O interessante no título do filme é que me fez pensar que - talvez - o fim do mundo - ou da civilização que habitamos - já esteja acontecendo aos poucos e a gente vai se acostumando como o sapo na panela em aquecimento. Portanto, não haveria um determinado momento X (com ou sem trocadilho) em que diríamos: Acabou, pessoal! Todo mundo joga fora os celulares e quem puder que encontre uma caverna! Se esta hipótese for verdadeira, e aí estaria ...

À espera de nada

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  Nos infinitos dias até ontem,  um poderoso futuro trazia-me vigor e coragem  para a guerra santa que desde jovem me arrebatara. Bastou-me um ferimento banal,  mas incurável - no tempo de vida que me resta,  para tornar-me incapaz de continuar nas trincheiras onde não conhecia o vazio e nem o tédio. Jogado numa enfermaria,  entre feridos e moribundos,  espero a padiola que me levará para longe das batalhas pela vida, para deixar-me nos campos melancólicos e irreversíveis da velhice e do esquecimento. À espera da morte, descubro a ilusão:  o suposto inimigo durante anos  nada passa de partículas subatômicas,  indiferentes ao que chamamos de destino,  sentido ou razão. Senador Ferrante Anno Domini X

Manifesto filosófico de Galileu

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  Alerta! Estamos num universo formado por energia em expansão aleatória, não sabemos sua origem antes do Big Bang e nem o que há para além dos seus limites, que são inatingíveis pela ciência contemporânea. A formação dos primeiros átomos se deu ao acaso, por condensação gravitacional da energia, gerando em seguida estrelas e galáxias. Portanto, o acaso é um dos princípios fundamentais do universo, da origem da vida em nosso planeta e da sua evolução. A espécie humana surgiu numa longa sequência de casualidades, entre elas as características neurais que permitem a linguagem, e com isso se tornou capaz de representar a vida no presente, no passado e no futuro, ou seja, construir narrativas, histórias. As diversas civilizações humanas negam o acaso e atribuem sua história a decisões divinas ou voluntárias, tomadas a partir de valores religiosos e morais. Elas precisam negar o acaso porque ele contraria o senso comum de que possuímos livre arbítrio, ou seja, o acaso atrapa...

Trumpetas do Apocalipse

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Quantas vezes o tempo mudou, enquanto limpei os pratos da festa de ontem: de sol radiante para nuvens indecisas, algumas, franca chuva, outras, breves respingos que seguiram adiante para incertas geografias.   Ainda assim, tolo aprendiz de cartomante, tento me preparar para o próximo tempo que pode se repetir sobre nós: outra tempestade mundial, provocada por homens ressentidos, pobres de direita , - como há um século, uns germânicos - que elegeram - voluntariamente! - seu maior ditador.   Haverá outras louças de festas para lavar?  

Um outro mundo é possível?

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Em busca do senso perdido

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  Para Flora Augusta   Tenho sido um leitor voraz na esperança de que, em algum momento, alguém venha revelar o sentido da vida para mim. Os anos se passaram e cheguei à “A Velhice” de Simone de Beauvoir, um ensaio profundo que ela escreveu aos 62 anos em busca da compreensão dos significados social, psicológico, político, econômico e filosófico da fase da vida quando nos tornamos velhos. Apesar de eu estar atrasado em mais de meio século, - embora, talvez, na idade suficiente para o ler - tenho descoberto no texto de Simone que a maioria dos escritores e artistas – em cujas obras busquei respostas para minha angústia existencial – lutava ansiosamente com a mesma perplexidade diante do próprio envelhecimento, o qual, de formas variadas, lhes revelou a falta de sentido nos modos de vida que construímos nas diversas sociedades humanas. Ao que parece, segundo Simone, passamos a maior parte de nossas vidas obrigados a nos ocupar com outras coisas e não nos sobra tempo para...